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06 de October, 2021 / 10h01 Por Redação

Infecção Hospitalar

Prevenção engloba medidas rigorosas

Infecção Hospitalar

Controle exige protocolos de higienização, gestão de resíduos e tratamento de efluentes 

Há alguns anos o termo infecção hospitalar foi alterado devido à ampliação do conceito. Hoje, fala-se em Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), incluindo diferentes estabelecimentos de assistência à saúde, como lares de idosos, home care, hospitais e clínicas. Portanto, o controle das infecções também deve ser realizado nestes ambientes. Além disso, o conceito abrange as infecções ocupacionais adquiridas por profissionais de saúde.

As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são aquelas adquiridas durante internação em unidades de assistência à saúde ou quando relacionadas a procedimentos ambulatoriais ou cirurgias, podendo manifestar-se inclusive após a alta.

Tiago Danelli, Farmacêutico especialista em Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde e doutorando em Fisiopatologia Clínica e Laboratorial pela Universidade Estadual de Londrina, explica que as IRAS estão associadas a grupos de microrganismos multirresistentes (conhecidos como grupo ESKAPE) que apresentam altas taxas de morbimortalidade nos ambientes de assistência à saúde, justamente devido à resistência a medicamentos antimicrobianos potentes de uso hospitalar.

Além dos altos índices de morbimortalidade, as IRAS envolvem custos elevados de tratamento e tempo de permanência nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), o que acaba reduzindo a disponibilidade de leitos para tratamento de outras enfermidades, afirma Tiago Danelli.

Os microrganismos ligados às IRAS estão relacionados a infecções oportunistas em pacientes imunodeprimidos, com a saúde debilitada ou suscetíveis, como aqueles que passaram por processos cirúrgicos, acidentes automobilísticos, queimados, com câncer, etc. Toda bactéria multirresistente é preocupante pois frente a uma baixa imunológica ou em pacientes com comorbidades, pode gerar infecção, assegura Tiago.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as infecções hospitalares podem ser controladas com medidas de prevenção. A Lei Federal n° 9.431/1997 instituiu a obrigatoriedade da existência da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e de Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH).

Trabalhadores ligados aos setores de assistência à saúde devem ser capacitados para a prevenção da disseminação de agentes infecciosos, seguindo as recomendações da Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde, ligada ao Ministério da Saúde.

Principais ações de controle das IRAS

Lavagem completa e padronizada das mãos;

Bons hábitos de higiene – etiqueta da tosse e espirro;

Uso adequado de álcool 70%;

Uso correto de Equipamento de Proteção Individual (EPIs);

Imunização dos profissionais;

Controle e monitoramento da colonização de bactérias nos pacientes;

Isolamento dos pacientes quando houver indicação clínica;

Monitoramento do ambiente hospitalar; Limpeza e desinfecções dos ambientes;

Correto tratamento de efluentes e resíduos de serviços de saúde.

One Health

Projeção da Organização das Nações Unidas (ONU) estima que até 2050, 10 milhões de pessoas no mundo poderão morrer a cada ano devido a infecções causadas por microrganismos multirresistentes. A preocupação da OMS vai muito além da saúde humana.

Em 2019, a organização divulgou as 10 ameaças à saúde global, dentre elas a resistência antimicrobiana. Numa abordagem multidisciplinar e multiprofissional chamada One Health (Saúde Única) a OMS trabalha visando reduzir os riscos à saúde pública, dentre eles, a resistência antimicrobiana. Parte do pressuposto de que a saúde humana está vinculada à saúde ambiental, animal e vegetal.

Microrganismos da saúde humana ao contaminarem o meio ambiente, por exemplo, geram interferências nos sistemas animal e vegetal, assim como o uso de antibióticos em animais de corte (proteína animal) e na agricultura interferem na saúde humana, ambiental, de outros animais e vegetais, gerando uma pressão seletiva que tende a selecionar os microrganismos multirresistentes, relata Tiago Danelli.

“A OMS trabalha em estreita colaboração com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para promover respostas multissetoriais aos riscos de segurança alimentar, riscos de zoonoses e outras ameaças à saúde pública no ambiente humano, interface animal-ecossistema e fornecer orientações sobre como reduzir esses riscos”, declara a OMS.

Resíduos de Serviços de Saúde

A gestão adequada dos resíduos de saúde (RSS) reflete uma cultura de segurança institucional que pode ser determinante no processo assistencial e evitar desfechos desfavoráveis em saúde, afirma Danielly Negrão, Doutora em Enfermagem, com ênfase em gestão de resíduos de serviço de saúde.

Segundo a Anvisa (RDC 222/2018), os geradores de resíduos de saúde devem elaborar um Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), descrevendo as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, contemplando aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como as ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente.

Os resíduos de serviços de saúde (RSS) representam potencial risco àquilo que a OMS chama Saúde Única (One Health), pois quando manipulados de forma inadequada ou descartados em locais impróprios podem danificar o meio ambiente, prejudicar humanos e animais.


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